TLC

Explicamos o que são FTAs ​​ou Acordos de Livre Comércio, seus objetivos, vantagens e desvantagens. Além disso, exemplos de todo o mundo.

Tratado de Livre Comércio
Os FTAs ​​permitem o livre comércio entre os países signatários.

O que é um Acordo de Livre Comércio (FTA)?

O Acordo de Livre Comércio (FTA, por sua sigla) é chamado algum tipo de acordo comercial internacionalregido pelas regras da Organização Mundial do Comércio (OMC), segundo as quais duas ou mais nações tarifas significativamente mais baixas para exportações e importações de bens e serviços dos demais países signatários.

Os FTAs ​​são assinados pelos governos para construir áreas de livre comércio, despojadas de tarifas, barreiras fiscais e outros mecanismos protecionistas, permitindo assim o livre comércio entre seus territórios. Porém, não conduzem necessariamente a qualquer tipo de integração económica, social ou política entre as nações signatárias, mas trata-se de um acordo estritamente comercial.

Embora esses tipos de tratados sejam comuns hoje em dia, o primeiro da história foi o Acordo de Livre Comércio Franco-Britânico (conhecido como Tratado Cobden-Chevalier) assinado em 1891 entre o Reino Unido e a França. Desencadeou uma onda de acordos tarifários bilaterais entre os demais países europeus da época, abrindo caminho para o comércio multilateral na região.

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Objetivos dos Acordos de Livre Comércio

Em geral, qualquer Acordo de Livre Comércio visa:

  • Eliminar qualquer tipo de barreira tarifária ou de medidas que restrinjam o comércio entre as nações signatárias.
  • Promover condições para uma concorrência leal entre os atores comerciais envolvidos, bem como oportunidades de investimento privado.
  • Fornecer uma estrutura adequada de direitos para o Proteção da propriedade intelectual.
  • estimular a produção das nações envolvidas e uma competição saudável entre elas.
  • Fornecer espaços para resolução pacífica de conflitos.
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Importância dos Acordos de Livre Comércio

Acordos de Livre Comércio formam uma parte fundamental das iniciativas econômicas globaisque avançam rumo à gradual integração regional ou mesmo global de mercados e atores econômicos.

Ao se oporem ao protecionismo, ou seja, defendendo os mercados nacionais, propõem um panorama mundial mais integrado, para o bem e para o mal, em que as fronteiras não impeçam o fluxo de produtos, serviços e capitais.

Vantagens e Desvantagens dos Acordos de Livre Comércio

vantagens do acordo de livre comércio fta
Graças aos FTAs, produtos de alta qualidade encontram novos mercados.

Entre as vantagem assinar um FTA são:

  • Facilidades para exportación e importación entre os países signatários, e maiores lucros para os atores comerciais a ele dedicados.
  • Seu caráter vinculante, ou seja, obrigatório, introduz o comércio condições fixas que fornecem estabilidadeporque são previsíveis e precisos.
  • Incentiva o investimento estrangeirofacilitando a entrada de capital.
  • Ele permite que as nações exportem para seus vizinhos os itens em que são melhores, bem como os produtos de melhor qualidade vão mais longe no mercado global.

Por outro lado, o desvantagens desses tipos de acordos são:

  • Favorece mercados com maior poder de compraPortanto, é possível reproduzir certas condições de desigualdade econômica entre os países signatários.
  • Nem todos os setores econômicos de um país se beneficiam igualmente do tratado e, de fato, pequenos produtores locais não conseguem competir em pé de igualdade com os grandes produtores estrangeiros.
  • Do mesmo modo, pode contribuir para o aumento do desemprego e instabilidade econômica nas nações comercialmente mais fracas.
  • Promove a realocação de empresasjá que grandes corporações podem realocar suas fábricas para países com maior disponibilidade de mão de obra (ou seja, mão de obra mais barata), o que beneficia a empresa e não as nações envolvidas.
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Exemplos de Acordos de Livre Comércio

Alguns dos acordos de livre comércio mais conhecidos atualmente são:

  • A Área de Livre Comércio ANSA-China (2010). É um acordo de livre comércio estabelecido entre a China e os Estados que compõem a Associação das Nações do Sudeste Asiático (ASEAN): Vietnã, Cingapura, Tailândia, Filipinas, Malásia, Laos, Indonésia, Camboja, Birmânia e Brunei.
  • O Acordo de Livre Comércio entre os Estados Unidos, a América Central e a República Dominicana (2004). Uma aliança comercial que, como o próprio nome indica, envolve Estados Unidos, República Dominicana, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Guatemala e Costa Rica, e que tem sido amplamente criticada do ponto de vista político e econômico.
  • O Conselho da Unidade Econômica Árabe (1997). Uma zona de livre comércio pan-árabe, ou seja, para todos os países árabes, assinada por 14 nações: Bahrein, Egito, Iraque, Kuwait, Líbano, Líbia, Marrocos, Omã, Catar, Arábia Saudita, Sudão, Síria, Tunísia e Estados Unidos Emirados Árabes.
  • O Acordo de Parceria Econômica Estratégica Transpacífico (2006). Acordo comercial que envolve quatro nações da orla do Pacífico: Brunei, Chile, Nova Zelândia e Cingapura, visa defender os interesses comerciais da região e eliminar tarifas para aumentar significativamente o comércio.
  • O Tratado entre México, Estados Unidos e Canadá ou T-MEC (2018). É um acordo de livre comércio entre essas nações que foi assinado, revisado em 2019 e entrou em vigor em 2020. Esse pacto substituiu o antigo Acordo de Livre Comércio da América do Norte (NAFTA).

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Referências

  • “Acordo de Livre Comércio” na Wikipedia.
  • “O que é um Acordo de Livre Comércio?” (vídeo) em Comércio e Alfândega (México).
  • “O que são acordos de livre comércio?” no Blog da Universidade Utel.
  • “O que você deve saber sobre acordos comerciais” no Ministério de Comércio Exterior e Turismo do Peru.
  • “Acordos comerciais.” A Enciclopédia Britânica.
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