Tipos De Hipóteses

Explicamos quais tipos de hipóteses existem e as características das descritivas, causais, correlacionais e muito mais.

tipos de hipóteses
As hipóteses são declarações provisórias que orientam a investigação.

O que é uma hipótese?

uma hipótese é uma proposição ou declaração que desejamos corroborar ou contradizer, por meio de investigação. Por outras palavras, uma hipótese é uma ideia que pressupomos e que queremos submeter ao rigor de um método de investigação, como é o caso do método científico, por exemplo, ou que queremos testar através da experiência.

As hipóteses são declarações provisórias e experimentais que podem ou não se revelar verdadeiras e demonstráveis, mas que inicialmente Eles nos ajudam a estabelecer o que queremos investigar e nos permitem encontrar nosso método ideal de verificação. Por isso se diz que a hipótese é o elo entre a teoria e a observação. Toda pesquisa, então, necessariamente começa com a formulação de uma hipótese.

No entanto, é possível que uma investigação levante mais de uma hipótese, e que estas sejam de natureza diferente. Claro, alguns deles serão válidos (quando comprovados), enquanto outros serão inválidos (quando refutados). Mas a seguir veremos uma classificação mais ou menos geral das hipóteses.

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Tipos de hipóteses

hipóteses descritivas

Aqueles que estabelecer a relação entre as variáveis ​​que estão sendo estudadas, sem se preocupar com suas causas e sem estabelecer comparações entre elas. Limitam-se, como o próprio nome indica, a descrever e antecipar as variáveis, valores e qualidades da matéria.

Como exemplo, suponha que um grupo de cientistas estude a recorrência de uma doença na população de seu país. Eles decidem, como hipótese de trabalho, assumir que a doença está distribuída igualmente entre todas as etnias que compõem a população total, mas ao concluir sua investigação, percebem que algumas etnias são mais afetadas do que outras.

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hipóteses correlacionais

Também chamada de variação conjunta, que, como o próprio nome indica, propõe uma correlação entre as variáveis ​​estudadas, ou seja, propõem a forma e o grau em que uma afeta a outra. Conforme seja essa relação, essas hipóteses podem ser de três tipos:

  • Hipótese de correlação positiva, quando o aumento de uma variável traz consigo o aumento da outra. Por exemplo, se os cientistas que estudam a doença propõem que quanto mais velhos os pacientes, maior a possibilidade de morte quando infectados.
  • Hipótese de correlação negativa, quando a diminuição de uma variável traz consigo a diminuição da outra. Por exemplo, se os cientistas que estudam a doença propõem que há menos infectados quando a idade da população é menor.
  • Hipótese de Correlação Mista, quando o aumento ou diminuição de uma variável traz consigo a diminuição ou aumento, respectivamente, da outra. Por exemplo, se os cientistas que estudam a doença propõem que tratamentos mais precoces resultem em menos mortes pela doença.

hipóteses causais

tipos de hipóteses causais
As hipóteses preditivas projetam a relação de causa e efeito no futuro.

Aquelas que exploram a relação causa-efeito entre as variáveis ​​estudadas, propondo algum tipo de significado específico. Conforme seja esse sentido, podemos falar de:

  • hipóteses explicativas, que propõem uma relação verificável de causa e efeito entre as variáveis, de forma que uma possa ser explicada pela outra. Por exemplo, voltando ao caso da doença estudada pelos cientistas, uma vez que se constatou que ela não afeta todos os grupos étnicos igualmente, eles poderiam levantar a hipótese de que a doença afeta mais as pessoas de uma determinada etnia por terem em maior abundância uma proteína específica no sangue.
  • suposições preditivas, que sugerem uma provável relação de causa e efeito entre as variáveis ​​do estudo, projetando-o para o futuro. Por exemplo, novamente com o caso da doença estudada, os cientistas poderiam levantar a hipótese de que o maior acometimento de certos setores da população logo provocará uma mudança na genética do agente infeccioso.
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suposições estatísticas

Aqueles que se referem a conjuntos de variáveis ​​e expressam suas relações em termos percentuais ou proporcionais, em vez de termos absolutos. São muito comuns em estudos probabilísticos, populacionais ou preditivos. Este tipo de hipótese pode ser classificado, ao mesmo tempo, em:

  • Suposições de estimativa estatística, que permitem ao pesquisador avaliar o valor de alguma variável estatística diante de uma população e de um conjunto de informações prévias. Por exemplo, se os cientistas que investigam a doença afirmam que, dos pacientes infectados, 70% apresentam um determinado sintoma, então este deve ser considerado um sintoma principal.
  • Hipótese estatística de correlação, que buscam estabelecer em termos estatísticos alguma correlação entre as variáveis. Por exemplo, se os cientistas que investigam a doença consideram que sua mortalidade tem a ver principalmente com o nível socioeconômico dos doentes, já que 80% dos casos graves vêm de bairros pobres.
  • Hipótese estatística de diferenciação de médias, que propõem uma relação entre as estatísticas de dois grupos humanos. Por exemplo, se os cientistas que estudam a doença considerarem que os homens têm 40% mais chances de sofrer dela do que as mulheres.

hipóteses nulas

Uma hipótese nula é aquela que refuta o que está estabelecido em uma hipótese de pesquisa, seja o último de qualquer tipo que seja. Portanto, as hipóteses nulas são o inverso das hipóteses de pesquisa, podendo ser do mesmo tipo de qualquer uma delas (qualquer uma das que listamos até agora).

Por exemplo, se os cientistas que estudam a doença procuram demonstrar que a gravidade da doença nada tem a ver com o sexo dos doentes.

Hipóteses indutivas, dedutivas e analógicas

Qualquer uma das hipóteses anteriores pode ser de tipo indutivo, dedutivo ou análogo, com base na lógica que serve para estabelecer a relação entre as variáveis ​​estudadas. Isso se expressa na própria forma de apresentar a relação, como segue:

  • hipóteses dedutivas o que operan por deducción, aquelas que propõem uma relação do geral para o particular, partindo de outras hipóteses anteriores já demonstradas. Por exemplo, se os cientistas que estudam a doença descobrem que ela afeta mais um determinado grupo étnico do que outro, podem deduzir que afeta mais aqueles que possuem um determinado componente genético, já que este último é dominante no referido grupo étnico.
  • Hipóteses indutivas ou que operam por indução, aquelas que propõem uma relação do particular para o geral, ou seja, ao contrário das dedutivas, baseadas na intuição a partir do observado. Por exemplo, se os cientistas que estudam a doença não encontrarem casos graves entre pessoas de um determinado grupo étnico, eles podem considerar que existe um componente genético que os torna imunes.
  • Hipóteses análogas ou que operam por analogia, aquelas que propõem uma relação entre as variáveis ​​inspiradas, copiadas ou transferidas de outra área do conhecimento em que foi verificada. Ou seja, assumem que se tal hipótese era válida em outro campo, também pode ser válida no deles. Por exemplo, se os cientistas que estudam a doença se perguntarem que, como uma doença diferente, mas semelhante, foi tratada com um antibiótico específico, é possível que essa nova doença responda da mesma maneira.
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Referências

  • “Hipótese (método científico)” na Wikipedia.
  • “A hipótese: um link para a pesquisa” na Universidade Autônoma do Estado de Hidalgo (México).
  • “Metodologia de Pesquisa” por Cristian Rusu na Universidade Católica de Valparaíso (Chile).