Ignorância

Explicamos o que é ignorância, a origem do termo e como ele variou ao longo da história. Além disso, seu significado no direito.

ignorância
O ignorante “sábio” está ciente de sua ignorância e pode tentar combatê-la.
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O que é ignorância?

Quando falamos de ignorância (ou ignorante e ignorante) nos referimos em geral a a ausência de conhecimentoentendido de duas formas possíveis e diferentes:

  • Ocasionalmente, por exemplo, ao dizer “Não sei a que se refere o seu comentário”).
  • Como uma condição contínua e generalizada (como em “quão ignorante é meu padrinho”). Neste último caso, tem uma conotação pejorativa que pode até ser usada como um insulto.

A palavra ignorância vem do latim e é composta pelo prefixo no- (“negação”, “o oposto de”) e saber (“conhecer”), e está perto de desconhecido (“desconhecido”, “desconhecido”). Na época, era usado de duas maneiras diferentes:

  • como o verbo ignorância que significa “não saber”, “não ter informações sobre”.
  • como o substantivo ignorânciaque se referia não só ao desconhecimento de algo específico, mas a uma condição em que o indivíduo se encontra frequentemente desinformado, nomeadamente por motivos de desleixo, apatia ou autoconsciência, ou seja, por não ser capaz sequer de ter consciência de que existem coisas você não sabe.

Esses dois usos distintos sobrevivem até hoje e ocorrem até mesmo na abordagem filosófica da ignorância. Assim, geralmente é feita uma distinção entre ignorância “sábia” (ignorância aprendidanas palavras de Santo Agostinho), a do indivíduo que tem consciência de sua ignorância e limitações, e a “profunda” ignorância em que o sujeito nem mesmo se sabe ignorante, estando, portanto, muito próximo da inocência ou ingenuidade.

Na maioria dos casos, ao falar de ignorância, estaremos nos referindo ao segundo dos sentidos a que nos referimos. Hoje chamamos de ignorante aquele que sente apatia ou descaso com o conhecimentoou que sequer é capaz de reconhecer sua ignorância e, por isso, fala com propriedade sobre assuntos que, justamente, ignora.

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Desde o surgimento do humanismo renascentista, a ignorância é geralmente entendida como uma doença e um defeito, e considera-se que o trabalho da educação e da razão humana é combatê-lo. Por esta razão, a ignorância é frequentemente associada à escuridão (o Trevas da ignorância), no sentido de que os ignorantes raciocinam cegamente, são incapazes de “ver” sua própria desinformação.

Daí também surge o provérbio que afirma que “a ignorância é ousada”, uma paráfrase do que disse o naturalista inglês Charles Darwin (1809-1882): “A ignorância gera mais confiança do que o conhecimento”, pois o ignorante pensa mais informado ou compreensivo do que realmente são.

Da mesma forma, no campo do direito e do direito, a ignorância é usada para se referir à ignorância da lei, especialmente para apoiar o ditado romano: “Desconhecimento da lei não é desculpa“, é aquele ignorar a lei não nos exime de cumpri-la. Este preceito legal impede o infrator da lei de justificar a sua ignorância e, ao mesmo tempo, obriga o Estado a tornar as leis públicas e amplamente e notoriamente conhecidas.

Segue com: Vulgar

Referências

  • “Ignorância” na Wikipédia.
  • “Ignorância” no Dicionário da língua da Real Academia Espanhola.
  • “Etimologia da ignorância” em Etimologias de Chile.net.
  • “Ignorância” de Oscar M. Prieto em La Nueva Crónica (Espanha).