Escola

Explicamos o que é uma escola como instituição, sua origem, história e que tipologias existem. Além disso, a origem do termo e seus outros sentidos.

escola
A escola é uma instituição educacional para crianças, jovens ou adultos.

O que é uma escola?

Chamamos de escola, em termos muito amplos, qualquer estabelecimento ou instituição de ensino, ou seja, em que se ministra determinado tipo de instrução, seja a crianças, jovens ou adultos. No entanto, em muitos países o termo costuma ser reservado para a educação dos primeiros, ou seja, para se referir à escola primária.

Quando falamos de escola, ao mesmo tempo, podemos estar nos referindo à instituição educacional, ao procedimento educacional (isto é, à escolarização) ou ao próprio ensino ministrado na escola.

Além disso, nessa multiplicidade de sentidos, o termo “escola” também é utilizado para se referir as doutrinas ou valores de um autor específicos, ao conjunto de seus seguidores que a eles aderem (a escola de pensamento aristotélica, por exemplo), ou ainda aos traços comuns de um compêndio de obras artísticas que compartilham um momento histórico, tradição cultural ou região geográfica (a escola flamenga de pintura, por exemplo).

A palavra escola, em todo caso, vem do latim escola e este do grego escola, que poderia ser traduzido como “lazer” ou “tempo livre”. Para entender esse significado devemos voltar à organização da sociedade grega segundo Aristóteles (384-322 aC), que diferenciava o tempo de descanso (anapausa), Tempo de trabalho (ascolia) e lazer (escola), este último dedicado ao engrandecimento do espírito.

Assim, enquanto os dois primeiros tempos (descanso e trabalho) eram dedicados à sobrevivência do corpo, o último era inteiramente gratuito, podendo ser investido na busca de conhecimentos de interesse do indivíduo. Isso mudou quando as primeiras escolas filosóficas surgiram na antiguidade grega, e a palavra escola tornou-se sinônimo de “centro de estudos” ou “centro de conhecimento”.

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origem escolar

Embora nos dias de hoje possa parecer estranho, a noção moderna de escola, ou seja, um centro onde crianças e jovens (ou alguns adultos) vão para se formar e aprender, é bastante recente na história da humanidade. Antigamente, a transmissão de conhecimentos e ofícios era um assunto de família, em que os pais ensinavam aos filhos o ofício que eles exerceriam pelo resto de suas vidas.

Porém, muitas culturas religiosas antigas encorajaram o aprendizado ritual entre seus jovens. Assim, sociedades como a indiana e a hebraica ofereciam uma educação através da prática nas mãos de um guru (como no hinduísmo e no jainismo) ou pela leitura de textos sagrados (como o Talmude).

Outras culturas, como a chinesa e a egípcia, projetaram instituições mais ou menos burocratizadas. em que os indivíduos eram formados técnica e profissionalmente de acordo com as necessidades culturais ou políticas da monarquia.

Os egípcios, por exemplo, desenvolveram um sistema educacional baseado em “casas de instrução” (isto é, escolas) em que leitura e escrita, urbanidade, religião, cálculo, natação e ginástica, entre outros conhecimentos, e que distinguiam por meio de um exame aqueles que passaram do ensino fundamental ao superior, onde receberam instrução mais especializada, visando formar a casta dos padres.

Porém, o grande modelo de origem da educação ocidental nasceu na Grécia antiga, e consistia em uma combinação de ensinamentos intelectuais e educação física. O modelo exato poderia variar de região para região da Grécia helênica, e era direcionado apenas para cidadãos livres do sexo masculino (isto é, excluindo mulheres, escravos e estrangeiros, que deveriam aprender ofícios baseados na repetição ou educação familiar).

A escola grega chamava-se paideia e consistia em a transmissão de dois tipos de conhecimento: valores (saber ser) e técnica (saber fazer)pelas mãos de um mestre (gramático ou retórico) cuja principal tarefa era promover a mnemônica e o exercício do castigo físico entre os alunos. A finalidade exata desse conhecimento poderia ser formar cidadãos para a guerra, como o modelo espartano, ou imbuí-los de valores locais, como no caso de Atenas.

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Por volta do século IV a.C. C. os antigos gregos sistematizaram o modelo educacional nacional no que ficou conhecido como enkiklos paideia (ou seja, enciclopédia). De acordo com esse modelo organizado, a educação grega consistia em:

  • Cuidar dos filhos em casa até os 7 anos de idade (chamado troféu) pelas mãos da mãe ou enfermeira, e consistia em incutir valores e tradições gregas.
  • Mais tarde, a criança entrou no paideia cedido pelo Estado, onde professores particulares o formaram em diversos saberes até os 14 anos (até os 18 em Esparta).
  • Em seguida, o adolescente entrou no efebia (en Atenas) o mestrenia (em Esparta) até aos 20 anos, para receber o grosso da instrução mais complexa que o acompanhou durante a sua vida e que o tornou cidadão grego em todo o seu esplendor.

tipos de escola

Em termos gerais, hoje faz-se uma diferença entre:

  • escola pública: É fornecido e mantido pelo estado. Faz parte do sistema de educação pública fortemente padronizado,
  • A escola particular: É mantida financeiramente por terceiros. Pode oferecer alternativas especializadas para aqueles que podem pagar, como educação bilíngue, educação focada em habilidades, educação religiosa ou modelos educacionais de ponta.

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Referências

  • “Escola” na Wikipédia.
  • “História da educação” na Wikipédia.
  • “Escola” no Dicionário da Língua da Real Academia Espanhola.
  • “Etimologia Escolar” no Dicionário Etimológico Online Espanhol.
  • “Escola (educação)” na Enciclopédia Britânica.