Amar

Explicamos o que é amar, os diferentes tipos de amor e as diferenças com o querer. Além disso, como é entendido a partir de diferentes disciplinas.

amor
O amor não é uma união material, mas espiritual.

O que é o amor?

O amor é o sentimento supremo que uma pessoa pode experimentar por alguém. Amar não é só afinidade ou química entre duas pessoas, amor é sentir respeito, conexão e liberdade ao estar junto com outra pessoa.

O amor é uma união imaterial e espiritual. Não se trata apenas de manifestações físicas, mas afetivas, emocionais. Amar implica ter atitudes de compreensão, respeito, ternura e compromisso com os outros.

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tipos de amor

Existem diferentes tipos de amor: amor familiar, amor por um animal de estimação, amigos, amor de casal. Muitos desses tipos de amor costumam estar presentes ao longo da vida de cada pessoa.

Há quem afirme que é preciso amor e carinho para viverpois as pessoas são seres sociais e está provado que sem afeto é difícil viver e se desenvolver.

amar alguém envolve fazer coisas e ter gestos desinteressados ​​em relação a essa pessoa como:

  • Ajude-a/ou a progredir.
  • Incentive-o nos momentos de tristeza.
  • Ajudá-lo a tomar decisões.
  • Esteja presente nos momentos ruins e bons da sua vida.

amar e querer

Amar e querer são dois termos diferentes que se referem a um certo sentimento. Existem várias interpretações ao detalhar a diferença entre os dois termos.

Por um lado, acredita-se que a diferença entre os dois conceitos se dê em termos de linguagem. Essa teoria garante que ambos os termos: “amar” e “querer” falem de amor, mas que um ou outro seja usado dependendo do tipo de amor de que se fala. O fim amor é usado em relação ao amor de um casal, e o amor de amizade ou relacionamento familiar.

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Porém, existe outra abordagem que afirma que o amor é um sentimento mais profundo do que querer Nesse caso, ele define o amor como um sentimento desinteressado que busca apenas o bem do outro sem condições e que é feito de laços que se constroem ao longo do tempo.

Por outro lado, ele define o querer como um desejo pessoal de satisfazer uma determinada necessidade. Esta teoria afirma que querer implica expectativas e condições relação ao outro e alude a uma forma de afeto relacionada à posse.

perspectivas sobre o amor

amor perspectivas biologia
A biologia estudou as substâncias e áreas do cérebro associadas ao amor.

O termo “amor” abrange múltiplas interpretações e é estudado sob vários pontos de vista, disciplinas e ciências.

das religiões

Nas principais religiões (especialmente monoteístas) um Deus costuma ser erguido como a figura máxima do amor.

O Judaísmo e o Cristianismo têm o amor como base de seu credo. “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” e “Amarás a Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todas as coisas” são dois dos mandamentos mais importantes da religião judaica e cristã. Ambos os postulados resumem a visão que essas religiões têm sobre o amor ao próximo e a Deus.

Para o cristianismo, a principal fonte de amor é Deus. Vários apóstolos e santos em suas cartas ou escritos descreveram o amor como o eixo sobre o qual as relações humanas são construídas. Nas palavras de Santo Agostinho: “Ame e faça o que quiser”.

da filosofia

O conceito de amor é um termo que suscitou diversas interpretações na filosofia ao longo da história. Algumas das definições mais difundidas são:

  • Platão (427-347 aC). Ele desenvolveu seu conceito de amor em suas obras “O Banquete” e “Fedro”. Para Platão, o amor é o impulso que busca ir além do material e acessar a beleza.
  • Baruch Spinoza (1632-1677). Para este filósofo todos os sentimentos derivavam do desejo. Define o amor como alegria acompanhada da ideia de uma causa externa.
  • Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831). Filósofo alemão, descreveu o amor absoluto como “o eu que se reflete em um ser diferente”.
  • Arthur Schopenhauer (1788-1860). Para este filósofo, o amor romântico é aquela inclinação para alguém que nasce do instinto sexual.
  • Jorge Ortega y Gasset (1883-1955). Filósofo e ensaísta espanhol, caracterizou o amor em seu livro “Estudos sobre o amor”. Lá desenvolveu temas como as razões do amor e a diferença entre amor e desejo.
  • Zygmunt Bauman (1925-2017). Filósofo e sociólogo polonês, ele introduziu o conceito de “amor líquido” e o definiu como aquele que rege o tipo de relacionamento interpessoal (amor romântico ou não) que se desenvolve na pós-modernidade. Para Bauman, o amor líquido é baseado no individualismo e gera relacionamentos interpessoais fugazes, superficiais e com pouco comprometimento.
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da psicologia

As diferentes escolas e correntes de psicologia definiram e caracterizaram o amor de maneiras diferentes.

Uma das teorias mais difundidas foi desenvolvida pelo psicólogo americano Roberto Sternberg. Ele descreveu as sete formas de amor que cada pessoa pode experimentar. durante sua vida: afeto, amor sociável, amor vazio, amor fátuo, paixão, amor romântico e amor consumado. Alguns deles estão mais relacionados com laços de casal, outros com laços entre amigos ou familiares.

Sternberg caracterizou os diferentes tipos de amor dentro da “Teoria Triangular do Amor” e detalhou os três componentes que os constituem: intimidade, compromisso e paixão.

As diferentes combinações que ocorrem entre esses três componentes é o que nos permite diferenciar os diferentes tipos de amor. Enquanto no amor sociável podemos encontrar intimidade e compromisso; no amor consumado, todos os três componentes são encontrados.

Por outro lado, o psicanalista Erich Fromm escreveu sua obra “A arte de amar” em 1959. Lá ele descreve o amor como uma arte que, como tal, deve ser conhecida por possuí-lo. Fromm estuda todas as formas de amor: amor fraternal, amor a si mesmo, amor ao casal, amor de pai e mãe, amor a Deus.

Para o, as qualidades de um amor maduro são: cuidado, responsabilidade, respeito e conhecimento.

da biologia

Através de muitos anos de pesquisa, a biologia descobriu relação entre o amor e os níveis de certos hormônios produzidos pelo cérebro, como dopamina, serotonina e ocitocina.

Uma das principais estudiosas da vivência do amor romântico em nível científico é Helen Fisher, que classifica o processo do amor em três estágios: luxúria, atração e apego. Em cada uma delas, Fisher descreve um processo mental diferente no qual varia o comportamento dos hormônios.

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A luxúria ocorre no impulso sexual, a atração no estágio primário de um relacionamento e o apego é gerado entre duas pessoas ao longo do tempo.

Fisher diz que o amor pode começar em qualquer um desses três estágios. e verificada por meio de ressonâncias magnéticas que existem áreas do cérebro que são ativadas quando as pessoas sentem amor em relação ao seu parceiro.

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Referências

  • “Spinoza: a geometria das paixões” em La Nación.
  • “O amor apaixonado da ética de Spinoza” na Revista Ideias.
  • “Amor” na Wikipédia.
  • “Amor líquido: a fragilidade das relações” em Explorando sua mente.
  • “Helen Fisher: A euforia do amante é produzida pelas substâncias que seu cérebro fabrica” ​​em Muito Interessante.
  • “O que acontece em nosso cérebro quando nos apaixonamos?” no BBVA.