Conhecimento Empírico

Explicamos o que é conhecimento empírico, suas características, tipos e exemplos. Além disso, sua relação com o conhecimento científico.

conhecimento empírico
O conhecimento empírico é obtido pela percepção direta do mundo.

O que é conhecimento empírico?

O conhecimento empírico é conhecimento adquirido através da experiência.

Em termos filosóficos, o conhecimento empírico diz respeito ao conhecimento obtido no rescaldo. Isso significa que é o conhecimento obtido em relação à experiência. Por exemplo, o fato de que o fogo queima: é preciso que alguém tenha se queimado ao tocar no fogo para saber, no rescaldo, que, de fato, o fogo queima. O conhecimento primeiroem vez disso, ocorre independentemente da experiência.

Em termos históricos, o conhecimento empírico sempre associado ao conhecimento prático da vida cotidiana. Houve (e ainda há) alguns filósofos que associavam o conhecimento empírico a todo o conhecimento possível. Esses pensadores eram conhecidos como “empiristas” e se opunham aos racionalistas, que descartavam a experiência como fonte de conhecimento. O empirista mais conhecido foi David Hume, um filósofo escocês.

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Características do conhecimento empírico

conhecimento empírico é caracterizada pelo conhecimento no rescaldo. Isso significa que ocorre como resultado de uma experiência ou acúmulo de experiências. Da repetição da mesma experiência com o mesmo resultado, constitui-se um conhecimento empírico sedimentado, adquirido pelo hábito.

Immanuel Kant argumentou que a diferença entre o conhecimento empírico e não empírico é a mesma que a diferença entre o conhecimento empírico. primeiro y no rescaldo. Porém, nem todo conhecimento no rescaldo é um conhecimento empírico. Por exemplo, conhecimento obtido da memória ou introspecção é conhecimento no rescaldo que não é empírico.

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O fato de o conhecimento ser empírico e advindo da experiência não implica que todos devam experimentar a mesma coisa para obter o mesmo conhecimento. A condição geral é que o conhecimento empírico vem da experiência, mas não necessariamente da sua própria experiência. Assim, saber que o fogo queima é um conhecimento comum compartilhado pelos membros de uma comunidade sem que seja necessário que todos tenham queimado para saber.

Em geral, o conhecimento empírico está associado a toda aquela experiência que ocorre através dos sentidos. Isso implica uma conexão com o mundo sensível e cotidiano, de modo que o conhecimento empírico também se confunde com o conhecimento comum ou ordinário. No entanto, o conhecimento empírico também pode constituir as bases para um tipo de conhecimento científico sem modificar, aumentar ou diminuir sua qualidade ou condição de conhecimento.

Exemplos de conhecimento empírico

conhecimento empírico exemplo fogo
Sabemos que o fogo queima porque sentimos seu calor ao nos aproximarmos dele.

Alguns exemplos de conhecimento empírico são:

  • conheça o fogo. Que o fogo queima é uma afirmação baseada no conhecimento empírico. Para verificar e poder afirmar que o fogo queima, é necessário que alguém já tenha se queimado ou, em todo caso, que toda vez que alguém se aproxima do fogo, queime. No entanto, nem sempre é necessário experimentar o fogo: basta que o conhecimento nos seja transmitido de uma experiência para que seja empírico, mesmo que não seja a nossa própria experiência.
  • Aprenda a andar. Assim como andar de bicicleta ou andar de skate, caminhar é um conhecimento empírico que só pode ser dado a partir da experiência. Nesse caso, é verdade que não pode ser transmitido pela experiência alheia: para aprender a andar é preciso tentar.
  • adquirir novos idiomas. Aprender uma nova língua implica conhecimento racional e empírico, a chave para a aprendizagem da língua: a prática constante. Sem prática e exercício, é quase impossível aprender um novo idioma, por mais teoria que se saiba sobre ele.
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Diferenças com o conhecimento científico

Embora o conhecimento empírico tenha sido fundamental no surgimento filosófico do conceito de ciência, o conhecimento empírico e científico não são necessariamente iguaismesmo quando ambos têm a ver com a percepção da realidade.

O conhecimento científico é baseado em hipóteses específicas, vinculadas ou não ao empírico, que aspiram a se tornar uma explicação do mundo real, algo que o conhecimento empírico não oferece. Por outro lado, conhecimento científico deve ser verificado por um método específico de demonstrações e ensaios, enquanto o empírico responde a uma experiência nua do mundo.

Por exemplo: é um fato verificável (e empírico) que de vez em quando chove, sabemos empiricamente. Mas é conhecimento científico saber por que chove e como chove, ou qual o papel que a chuva desempenha no ciclo hidrológico. E não podemos conhecê-lo com a simples experiência, mas exigimos um conhecimento abstrato especializado, isto é, científico.

Outros tipos de conhecimento

Outros tipos de conhecimento são:

  • conhecimento religioso. Está ligada à experiência mística e religiosa, ou seja, ao saber que estuda a ligação do ser humano com Deus ou com o sobrenatural.
  • conhecimento científico. Deriva da aplicação do método científico às diferentes hipóteses que surgem da observação da realidade. Tente demonstrar através de experimentos quais são as leis que regem o universo.
  • conhecimento intuitivo. É adquirido sem raciocínio, ocorre de forma rápida e inconsciente, resultado de processos muitas vezes inexplicáveis.
  • conhecimento filosófico. Surge do pensamento humano, no abstrato, e utiliza diversos métodos de raciocínio lógico ou formal, que nem sempre surgem da realidade, mas da representação imaginária da realidade.

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Referências

  • Tancara, C. (1992). Notas sobre o conhecimento empírico nas ciências sociais. Tópicos sociais(16), 79-103.
  • Suarez, EG (2011). Conhecimento empírico e conhecimento ativo transformador: algumas de suas relações com a gestão do conhecimento. Revista Cubana de Informação em Ciências da Saúde (ACIMED), 22(2), 110-120.
  • Goldman, AH (1988). Conhecimento empírico.
  • BonJour, L. (1980). Teorias externalistas do conhecimento empírico. Estudos do meio-oeste em filosofia, 553-73.
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