Os 5 Axiomas Da Comunicação

Explicamos o que são os 5 axiomas da comunicação, quem os identificou e como cada um deles descreve a comunicação.

Os 5 axiomas da comunicação
Watzlawick entende a comunicação humana como um sistema aberto.

Quais são os 5 axiomas da comunicação?

É conhecido como os cinco axiomas da comunicação humana para os cinco princípios orientadores identificados pelo filósofo e psicólogo austríaco Paul Watzlawick (1921-2007) em sua teoria da comunicação entre os seres humanos.

Nessa teoria, enquadrada na chamada “abordagem internacional”, Watzlawick propôs que a comunicação humana opera como um sistema aberto, tanto no que diz respeito à linguagem quanto no que não é, e que possui cinco grandes características comuns e principais, que são chamados de “axiomas”.

Como se sabe, A comunicação pode ser definida como a troca de informações entre os seres vivos., seja através de sistemas de signos (isto é, línguas) ou de outros mecanismos mais primitivos. A comunicação é uma característica universal de todas as formas de vida, que ocorre inclusive entre seus órgãos e as diferentes partes de seu corpo. Viver, deste ponto de vista, é necessariamente comunicar.

Os cinco axiomas da comunicação humana, segundo os estudos de Watzlawick, são detalhados a seguir.

Para saber mais: Barreiras de comunicação

1. É impossível não se comunicar

Qualquer forma de comportamento envolve comunicação de determinado conteúdo, voluntariamente ou não. Ou seja, tudo o que fazemos transmite várias formas de informação aos que nos rodeiam, informações que expressamente desejamos comunicar, ou não.

Como não há possibilidade de não agir na vida, ou seja, de ter um não comportamento, é possível afirmar que nos encontramos continuamente e constantemente transmitindo informações ao nosso meio.

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Um exemplo simples disso é encontrado nas formas involuntárias de comunicação, como a postura corporal. Uma pessoa pode silenciar sua opinião ou seus sentimentos diante de algo que acontece ou de algo que lhe é dito, tentando não comunicá-lo verbalmente; mas seu corpo, sua maneira de se mover ou seus gestos podem trair essa intenção e comunicar aos demais o que ele sente ou o que pensa.

Mas suponha que alguém treine para conter até mesmo esse tipo de gesto, adotando a postura mais neutra possível para um ser humano: mesmo assim, estará transmitindo essa neutralidade, ou seja, estará comunicando uma informação, apesar de essa informação nada mais é do que a ocultação de suas emoções e pensamentos.

Concluindo: não tem como não se comunicar.

2. Toda comunicação é uma metacomunicação

Esta afirmação significa que sempre que comunicamos, não transmitimos apenas a informação que queremos dar, mas também outras informações. informação que tem a ver com outros aspectos que dizem respeito à própria comunicaçãoe que têm a ver com a forma como a mensagem deve ser interpretada.

Em outras palavras, quando transmitimos uma mensagem, também transmitimos informações sobre a própria mensagem e sobre a forma como a estamos transmitindo. Daí o uso do prefixo “meta”, que significa “além” ou “em si”: uma metacomunicação é uma comunicação sobre a própria comunicação.

Watzlawick propôs pensar esse segundo axioma a partir da identificação, em todo ato comunicativo, de um “nível de conteúdo” e um “nível de relação”, entendendo que o último classifica o primeiro.

Ou seja, de um lado está a mensagem transmitida e do outro a metamensagem: a informação relacional sobre a mensagem, quem a emite, de que forma, etc. Isso é importante desde o receptor da informação sempre a interpretará dependendo de sua relação com o remetente (isto é, seu nível de relacionamento).

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Temos um exemplo simples disso em certas expressões, que dependendo de quem provêm podem ser interpretadas de diversas formas. Por exemplo, se um amigo nos diz “Vou avisar” sobre alguma informação de que precisamos, é provável que interpretemos isso como uma promessa, pois o afeto e a confiança nos permitem dar valor às suas palavras.

Se, por outro lado, um estranho nos diz, aquele “eu vou te dizer” pode ser interpretado como algo que se diz para sair do problema, de modo que deixamos isso de lado e é improvável que confiemos na veracidade de essa informação. Assim, a mesma frase (nível de conteúdo) tem duas interpretações relacionais diferentes (nível de relacionamento).

3. Toda a comunicação é bidirecional e simultânea

Os 5 axiomas da comunicação bidirecional e simultânea
Quem recebe a mensagem também emite informações simultaneamente.

Como cada um dos envolvidos em um ato de comunicação estrutura e interpreta a informação de maneira diferente, ambos sentem ao mesmo tempo que estão reagindo ao comportamento do outro, quando na verdade estão se alimentando continuamente.

R) Sim, a comunicação humana não pode ser entendida em termos de causa e efeito, mas como um circuito comunicação que avança em ambas as direções, ampliando e modulando a troca de informações.

Para entender esse axioma, vamos pensar no primeiro da lista, que pressupõe que estamos nos comunicando o tempo todo. Así, incluso cuando escuchamos a alguien que nos habla, y tenemos nuestra atención puesta en su emisión de información verbal, estamos al mismo tiempo comunicándole lo que pensamos sobre lo que dice a través de nuestra gestualidad, del modo en que le escuchamos y de nuestro linguagem corporal.

4. A comunicação é digital e analógica

Segundo Watzlawick, todas as formas de comunicação humana implicam duas modalidades simultâneas de formação de significado, que são:

  • Comunicação digital (o que é dito), ou seja, o conteúdo “objetivo” da mensagem emitida, aquele que diz respeito direta e exclusivamente às palavras. Se dissermos a alguém “que comentário inteligente”, a modalidade digital se limita exatamente ao que foi dito: que um comentário é inteligente para nós.
  • Comunicação analógica (como se diz), ou seja, o conteúdo “subjetivo” da mensagem emitida, aquilo que nada tem a ver com as palavras, mas com a enunciação, o contexto, a própria forma como a dizemos. Se dissermos a alguém “que comentário inteligente” com um sorriso e uma atitude sincera, provavelmente é porque realmente queremos dizer isso; mas, por outro lado, se o fizermos com ar de indiferença ou sorriso sarcástico, principalmente depois que ele disse algo irrelevante ou banal, estamos ironicamente querendo dizer-lhe o contrário: que ele disse algo tolo.
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5. A comunicação pode ser simétrica ou complementar

Os 5 axiomas da comunicação simétrica complementar
A comunicação complementar estabelece uma relação díspar entre um lado e outro.

Por fim, Watzlawick identifica duas possibilidades de funcionamento da comunicação humana, dependendo da relação estabelecida entre os indivíduos que trocam informações. Essas possibilidades são:

  • Comunicação simétrica, ou seja, proporcional e que tende a equalizar, quando ocorre em trocas de informações entre indivíduos que assumem um comportamento recíproco: um critica fortemente o outro, e este o critica fortemente em resposta. Os indivíduos se comunicam estabelecendo a mesma relação de um lado para o outro, assumindo a mesma postura.
  • Comunicação complementar, ou seja, integrando, que tende a incorporar um indivíduo à dinâmica comunicativa do outro, estabelecendo assim uma relação de autoridade entre as partes: um assume o papel de acusador na comunicação e o outro assume o papel de acusado, ou um assume um papel violento e o outro um papel de vítima. Os indivíduos se comunicam estabelecendo uma relação díspar entre um lado e outro, mas um não existiria sem o outro.

Continue com: Comunicação verbal e não verbal

Referências

  • “Paul Watzlawick” não Wikipedia.
  • “Os axiomas da comunicação humana” (vídeo) na Diretoria de Educação Online.
  • “Comunicação” de Mariela Passarello em En-Causar Psi.
  • “Os 5 axiomas da comunicação” em mídia de impacto (Peru).