Explicamos os tipos de migração, as características de cada uma e exemplos. Também diferenças entre emigração e imigração.
Quais são os tipos de migração?
migração é o deslocamento de uma pessoa ou grupo de pessoas, do local onde vivem para um novo destino instalar-se de forma semi-permanente ou definitiva.
O termo vem do latim migrar que significa “mudar de residência, deslocar-se” e não deve ser confundido com as populações nômades (que vão de um lugar a outro, sem se fixar definitivamente em uma região) nem com os viajantes turísticos (pessoas que viajam ou cruzam territórios por prazer, por tempo especificado).
Em 2000, a ONU (Organização das Nações Unidas) estabeleceu 18 de dezembro como Dia Internacional do Migrante de forma a sensibilizar para o direito à mobilidade livre e digna de todos os seres humanos.
A globalização, juntamente com os avanços nas comunicações e nos transportes, aumentou o número de pessoas que desejam e podem escolher outros lugares para morar. Além disso, a migração pode ser um motor de crescimento econômico que beneficia tanto as comunidades de origem quanto as comunidades de destino.
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Emigração e imigração
A migração é uma ação na qual, dependendo do tipo de deslocamento, a pessoa pode ser categorizada como:
- um emigrante. Quando um indivíduo deixa seu local de origem. O fim emigrar Vem do latim e significa “marchar para fora de sua cidade”.
- Um imigrante. Quando um indivíduo entra e se estabelece em um novo território. O fim imigrar Vem do latim e significa “vir de um lugar para se estabelecer em outro”.
- Um refugiado. Ocorre quando um indivíduo sai de seu local de origem à força, devido a situações que ameaçam sua vida.
A migração é um fenômeno global e complexo, que pode gerar impactos no dia a dia. Por exemplo, uma alta taxa de imigração nas cidades pode causar superpopulação e afetar a disponibilidade de serviços públicos, aumentar a poluição, etc.
Por outro lado, uma alta taxa de emigração na cidade pode causar escassez, escassez de serviços e falta de desenvolvimento.
No relatório elaborado pelo CELADE (Centro Latino-Americano e Caribenho de Demografia) apresentado na Reunião Ibero-Americana sobre “Migração e Desenvolvimento” em julho de 2006, foi detalhado que 25 milhões de pessoas de origem latina e caribenha residem fora de seus países de origem.
No caso do México, que é um dos países mais populosos do mundo com quase 125 milhões de habitantes, 10,5% de sua população emigrou para outro país.
a migração É um fenômeno constante ao longo da história da humanidade. e moldou diferentes sociedades ao redor do mundo. Geralmente é uma ação voluntária, embora muitas vezes as razões pelas quais as populações decidem se deslocar sejam forçadas por questões ambientais, políticas, sociais e econômicas.
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Tipos de migrações
Os tipos de migrações humanas são classificados em seis grandes grupos:
Migrações de acordo com sua escala geográfica
- Internas. O deslocamento ocorre dentro da mesma região, estado ou país. Eles são menos controlados pelo Estado porque os cidadãos de um país têm o direito de decidir onde residir.
- Externas. As pessoas se mudam para um país diferente do país de origem. São mais controlados e regidos por dupla legislação, a do país de origem e a do país de destino.
Migrações por origem e destino
- Da zona rural para a zona urbana.
- entre diferentes cidades.
- Das áreas urbanas para as áreas rurais. Este último é um fenômeno recente influenciado pelo turismo ecológico, por hábitos mais sustentáveis e pela melhoria da qualidade de vida (longe do barulho e da poluição das grandes cidades).
Migrações de acordo com o grau de liberdade
- Voluntarias. Pela livre escolha e pela busca da melhoria da qualidade de vida.
- espontâneo Para uma oportunidade de trabalho ou formação académica de modo a adquirir uma experiência enriquecedora na carreira profissional.
- forçado. Por razões políticas, religiosas, bélicas, ambientais, etc., que ameaçam a vida dos migrantes.
Migrações de acordo com o período de tempo
- Sazonal. As pessoas mudam de local por um determinado período de tempo para depois retornar ao seu local de origem e variam de uma estação a alguns anos.
- Definitivas. A migração é feita por tempo indeterminado ou vitalício.
Migrações de acordo com a idade
- Migração adulta. É o tipo de migração mais comum.
- Migração infantil. São os filhos que migram junto com os pais.
- Migração de idosos. Representa apenas uma minoria e costuma ser obrigatório (devido a catástrofes naturais, questões políticas, econômicas, etc.).
Exemplos de migrações históricas
Alguns exemplos de migrações ao longo da história são:
- Migração da Segunda Guerra Mundial. Entre 1939 e 1945 os nazistas deslocaram 12 milhões de comunidades judaicas europeias (polonesas, russas, francesas, belgas, holandesas, entre outras) para fazer trabalhos forçados em campos de concentração na Alemanha e pelo menos metade delas morreu nesses campos. . Milhares de judeus emigraram da URSS, Polônia, Alemanha e Áustria com destino à América, na tentativa de salvar suas vidas. A guerra terminou com a queda dos nazistas e a rendição do Japão em 2 de setembro de 1945. Os registros documentaram um total de 30 milhões de pessoas deslocadas (um número bem acima dos 8 milhões de migrantes resultantes da Primeira Guerra Mundial entre 1914 e 1918).
- Refugiados das guerras no Oriente. Segundo dados do ACNUR (Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados), metade dos refugiados do mundo (53%) vem da Síria, Afeganistão e Somália. As causas são variadas, como a guerra civil na Síria (desde 2011), a constante instabilidade no Afeganistão (desde 1978) e o estado falido da Somália (desde 1994).
- Emigrantes colombianos com destino à Venezuela. O processo migratório começou em 1950 e teve uma fase muito intensa na década de 1970 com o “boom” do petróleo e uma guerra interna que obrigou milhões de colombianos a emigrar de seu país devido às dificuldades econômicas, sociais e políticas. Segundo os registros da época, cerca de 5,6 milhões de imigrantes colombianos foram nacionalizados na Venezuela.
- A caravana do Triângulo Norte da América Central. É uma corrente migratória que começou em 2018 e hoje conta com 450.000 emigrantes de Honduras, Guatemala e El Salvador, onde nos últimos anos a desigualdade social, a instabilidade política, a violência e a pobreza desencadearam uma crise humanitária. A perigosa passagem de imigração atravessa o México para chegar aos Estados Unidos. O governo mexicano fechou o portão da fronteira com a Guatemala para impedir a passagem de imigrantes. No entanto, o povo mexicano recebeu os imigrantes que ficaram presos na ponte sobre o rio Suchiate, que liga seu país à Guatemala.
- Crianças refugiadas no Caribe devido à crise climática. Em 2018, foram registradas 761 mil crianças que tiveram que deixar a região devido a enchentes e desastres naturais. Conforme relatado pelo UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), crianças e adolescentes que vivem em ilhas ou nações propensas a grandes tempestades e enchentes estão entre os mais vulneráveis a terem suas vidas e direitos afetados. Os impactos das mudanças climáticas são uma realidade, por isso governos e comunidades internacionais devem agir imediatamente para mitigar essas consequências.
- Refugiados venezuelanos à espera de asilo. A ONU registrou 750 mil refugiados venezuelanos que, desde 2018, fugiram da violência, das ameaças e da falta de alimentos, remédios e serviços essenciais. É um dos maiores êxodos da história recente da região. Em 2019, o Brasil concedeu a condição de refugiado a 20.000 venezuelanos que atendiam aos requisitos para residir no país, serem maiores de 18 anos, apresentarem documento de identidade e não possuírem antecedentes criminais no Brasil. Enquanto isso, a maioria dos migrantes venezuelanos ainda está esperando, e o ACNUR continua incentivando os governos da região a seguir o exemplo do Brasil.
Em 2018, a OIM (Organização Internacional para as Migrações) publicou um relatório sobre indicadores de migração global em que registrou um total de 258 milhões de migrantes (representando 3,4% da população mundial) e estima que existam também 50 milhões de imigrantes ilegais em todo o mundo.
O número total de migrantes registados é composto por:
- 150,3 milhões de trabalhadores migrantes.
- 68,5 milhões de deslocados de seu país.
- 25,4 milhões de refugiados.
- 4,8 milhões de estudantes internacionais.
- 5 milhões de pessoas nascidas no exterior.
Como conclusão do relatório, a OIM deixa clara a necessidade urgente de unificar esforços em todo o mundo para melhorar o processo migratório, a fim de torná-lo mais seguro e ordenado, sob o apoio do GCM (Global Compact for Migration), do qual faz parte dos objetivos a serem cumpridos pelas Nações na agenda 2030.
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Referências
- «Multiculturalidade» na Junta de Andaluzia.
- “Dia Internacional do Migrante” na ONU.
- “Tipos de migração humana” em Action Help.
- “Venezuelanos no Brasil, Haiti, Irã” em News.un.org.
- “Uma jornada desesperada: fugindo de guerras invisíveis na América Central” em MSF.org.ar.
- “Anteriormente, a onda migratória era de colombianos para a Venezuela” no El Tiempo.
- “Por que os colombianos migram para a Venezuela?” em Telesurtv.
- “Caravana de migrantes: por que acusam o México de ter se tornado a polícia de imigração dos Estados Unidos” na BBC.
- “México” em Datosmacro.expansion.com.
- «Migração conceitual» na FIAPAM.
- «Indicadores de migração global» em Publications.iom.int.
- “Situação na Venezuela” no ACNUR.